Voltei a escrever para aliviar pensamentos ruins, e manter na mente o que me faz bem. Ao longo das últimas semanas percebi que está fluindo.
Aos poucos, a mente se liberta.
Aos poucos, volto a falar comigo por muito tempo, e só comigo, como acontecia antes.
Um dia de cada vez, certo? Tem funcionado.
A gente descobre que não é ruim ficar sozinha por um período, que os ciclos acontecem (independente de não querermos isso), que as pessoas surgem e se vão da nossa vida, e que a gente cai e se ergue novamente para continuar caminhando. E vale a pena.
Focar no tempo presente foi uma das lições mais importantes que aprendi nos últimos anos. Estar presente, ouvir quem está falando com você pessoalmente, sem cair no erro de deixar a mente divagar, perdida. Dar atenção ao agora, às coisas que estão ao seu redor, observar, olhar, sentir, tocar. Parece algo tão óbvio, mas para mim é um exercício complicadíssimo. Minha mente dispersa. Talvez por precisar fazer isso durante as horas de atendimento (ou faço isso, ou surto com o falatório sem parar das pessoas). Mas não tem um botão de ligar e desligar para ativar essa defesa ao chegar ou sair do trabalho, então preciso exercitar o contrário quando não estou lá.
Estou feliz por estar novamente aqui, no meu espaço, com minha mente se abrindo para o mundo (mesmo que ninguém veja isso). Para mim, está sendo uma conversa entre eu, e eu mesma. E quando entro em conflito com o que escrevi, apago. E o desabafar, deixar sair, passar os dias, ler e ver que passou, sentindo que não é mais necessário, é muito bom. Sinto-me livre.
Isso tem me ajudado a me reencontrar, e a estar mais presente na vida dos meus rapazes (o maridón e o meu pequeno grande rapaz). Dar atenção total a eles me satisfaz, e sentir que tenho a atenção deles também. Precisava tanto fazer isso, e não tinha percebido o quanto estava negligenciando esse aspecto da minha vida.
Não gosto de socializar, estar entre muitas pessoas, ou estar com pessoas (além dos meus) com frequência. Consigo fazer isso sem tanto sofrimento, desde que tenha um intervalo entre esses dias. Preciso dos meus dias em casa, só a gente, com minha segurança e meu conforto. Mas me apego demais aos poucos amigos que tenho, e preciso me vigiar para não criar uma dependência doentia dessas relações. As pessoas tem o tempo delas, e nem sempre é o mesmo tempo que o nosso. E o oposto também acontece, preciso me vigiar para dar atenção às pessoas que demandam isso de mim. E é o que estou tentando fazer. Me permitir estar comigo, falar comigo, refletir sobre o que está na minha mente, e ser alguém presente para quem deseja minha companhia, apenas para esses. ^^
Oi Cassia! Eu sou uma pessoa que precisa de tempo em solitude para recarregar as energias. Saber estar sozinho e desfrutar da própria companhia é fundamental para se relacionar com os outros. Compreender o que você gosta sem a influência de terceiros, saber quais são os seus limites... Hoje em dia eu não vivo sem meus minutos sozinha para organizar meus pensamentos e sentimentos. E escrever no blog também faz parte desse momento a sós. Espero que você continue por aqui compartilhando suas observações pessoais <3
ResponderExcluirGarota do 330
Eu sempre tive dificuldade com esses momentos quando a ansiedade ataca, mas gosto demais de curtir a solitude quando a mente está bem. Agora estou trabalhando o 'ficar bem' principalmente quando não há outras pessoas com quem interagir. Precisamos disso.
ExcluirObrigada pelo carinho e pelas palavras!!!
Espero que vc esteja bem! ^^